Favoritíssimo para voltar a presidir o Senado Federal a partir de fevereiro, Davi Alcolumbre (União-AP) participará da tradicional reunião-almoço da bancada ruralista na terça-feira (10). O encontro tem um valor simbólico, já que nunca um presidente do Senado foi à reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) desde sua fundação.
Embora ainda não esteja eleito, Alcolumbre reúne apoio de todos os partidos do Senado para voltar a presidir a Casa, que ele comandou de 2019 a 2020. Nesta semana, o MDB, última sigla que ainda não tinha oficializado a adesão à campanha, endossou a candidatura.
Historicamente, a Frente Parlamentar da Agropecuária tem sido forte na Câmara dos Deputados, com apoio de uma numerosa bancada e com a votação de seus projetos. Mas grande parte parou no Senado Federal, como a Lei Geral do Licenciamento Ambiental e o marco temporal para demarcação de terras indígenas.
Segundo a FPA, no encontro com Alcolumbre serão apresentadas as prioridades legislativas da bancada para 2025, incluindo temas como o projeto dos Safristas (PL 715/2023) e o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten).
Na gestão anterior de Alcolumbre, a bancada do agro no Senado não tinha muita força e ele não chegou a participar de nenhum encontro desses. A FPA, porém, vem investindo no fortalecimento de uma bancada no Senado, puxada pela senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura do governo Bolsonaro e ex-presidente da frente.
A bancada ruralista costuma se reunir as terças-feiras num almoço para discutir os temas da semana e planejar a estratégia de atuação. Nesta terça-feira, quem participou foi o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), favorito para presidir a Câmara a partir de fevereiro, por contar com apoio de partidos que representam quase 95% dos deputados.