O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (05) que a economia brasileira vai crescer 3,5% e que “se tomar cuidado, pode chegar a 4%". Lula afirmou que vai entregar seu governo “com a economia crescendo, o povo consumindo e o mercado reclamando".
A declaração foi feita na inauguração do Projeto Cerrado, nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS). Com investimentos de R$ 22,2 bilhões e área total de 4,5 milhões de quilômetros, a unidade terá capacidade de produção de 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano e será a maior linha única do mundo.
Lula disse que “duvida" que alguém apresente "uma obra estruturante feita nos últimos 7 anos do Mato Grosso do Sul”, e que o agronegócio nunca recebeu a quantidade de recursos que recebeu em seu mandato.
A reprovação ao governo aumentou 26 pontos e atingiu 90% dos entrevistados do mercado financeiro ouvidos em pesquisa Quaest a pedido da Genial Investimentos. Em março, 64% dos entrevistados apresentaram visão negativa do governo. "Isso significa que eu conquistei 10% do mercado, porque durante a campanha eleitoral 100% não gostava de mim", afirmou.
O chefe do executivo enfatizou que está acelerando o crescimento no país, mas que isso só é importante se o resultado for distribuído. Lula disse que a lógica econômica do seu governo "é que o dinheiro tem que circular na mão de todo mundo".
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também esteve no evento. Ele disse que 22 meses após o início do governo Lula, a indústria nacional cresceu 5,8% ante queda de 2% no período anterior.
Alckmin afirmou que se reuniu com a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), nesta quarta-feira (04), para anunciar um investimento de R$ 5 bilhões para expansão no Brasil, porque este ano a venda de geladeira, fogão, máquina de lavar e televisão aumentou 25%. “Isso é qualidade de vida para a população brasileira.”
Segundo o vice-presidente, o anúncio de ontem e o evento de hoje "não são por acaso" e evidenciam o comprometimento do governo com a indústria nacional.