Avaliação do mercado sobre governo 'não é imparcialidade, mas jogar contra o Brasil', diz Tebet
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que a reprovação de 90% do mercado financeiro sobre o atual governo apurada em pesquisa Genial/Quaest “não é imparcialidade, mas jogar contra o Brasil”.
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Para Tebet, não é possível ter essa leitura enquanto, em um ano, 8,7 milhões de pessoas saíram da pobreza, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa, divulgada nessa quarta-feira (4), mostrou um aumento de 26 pontos na reprovação do governo Lula pelo mercado financeiro. Em março, 64% dos entrevistados tinham visão negativa do governo. Agora são 90%.
Segundo a Quaest, a piora nas avaliações decorre da reação ao pacote fiscal anunciado pelo governo e que foi considerado insuficiente. Para 100% dos entrevistados, o arcabouço fiscal tem pouca ou nenhuma credibilidade - 42% responderam pouca e 58%, nenhuma.
A declaração da ministra Simone Tebet ocorreu durante cerimônia de inauguração do Projeto Cerrado, nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS), nesta quinta-feira (5).
O evento contou com a presença do presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, do governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), entre outras autoridades. Também participaram lideranças da Suzano, como Beto Abreu, presidente da companhia, e Davi Feffer, presidente do conselho.
Com investimentos de R$ 22,2 bilhões e área total de 4,5 milhões de quilômetros, a unidade terá capacidade de produzir 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto e será a maior linha única do mundo. Em operação desde julho, a planta tem a estimativa de produzir 900 mil toneladas até o fim deste ano. A expectativa, segundo a empresa, é que ao fim de 12 meses de operação sejam atingidas 2 milhões de toneladas.